16 agosto, 2015

SOL OIRO LUZ QUE INVENTA O RIO EM LETRAS MADURAS


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SOL OIRO LUZ QUE INVENTA O RIO EM LETRAS MADURAS


O mel da areia funde-se no oiro sol,
A flor espreita o luar e beija o mar,
O tempo metaforiza-se ao arrebol
E as borboletas voam escala singular;

As asas, que espelham mar longe vão,
Ao vento pela alma de nítido olhar,
Deixam à vista o doce coração
Que se quer sentir ao rio pelo seu poetar;

As estrelas somem e vê-se a lua a brilhar,
O tempo cresce-se e a flor toma face de luar,
O rio lê as borboletas que se querem amar;

Amanhã, nascerão outras tais doçuras
Que alongam o dia pelas suas fermosuras,
Sol oiro luz que inventa o rio em letras maduras.

® Maria Pessoa
(pseudónimo)